sexta-feira, 14 de novembro de 2014

[cinema] Tonari no Totoro



Título: Tonari no Totoro
Realização: Hayao Miyazaki
Argumento: Hayao Miyazaki
Ano: 1988
Duração: 86 min

Trailer


Para continuar a minha demando por mundos Ghibli chegou a vez de me dar a conhecer a Totoro.

É provavelmente a criatura mais Miyazaki reconhecida e embora também a reconhecesse e até soubesse mais ou menos quem era só agora vi o filme.

E em seis ou sete filmes vistos de Miyazaki ainda nenhum falhou. Desta vez uma família muda de casa, uma casa grande numa região de campo com muito terreno e muito verde à volta. Pai e filhas vão-se instalando e adaptando à nova casa enquanto aguardam que a mãe melhore para sair do hospital.

As duas meninas são adoráveis, bem educadas e felizes, e nas suas explorações pelas matas que rodeiam a sua casa acabam por encontrar Totoro, um espírito da floresta, que pouco mais é, quando o conhecemos, que um bicho enorme, peludo e fofinho, com uma sonolência imbatível. Mais tarde descobrem que é um dos espíritos da floresta o que as deixa mortinhas de felicidade.

O mais curioso para mim neste ser é a maneira de agir. Ou seja, quando vemos um filme de animação da Disney as coisas são todas coloridas e fofinhas e delico-doces, aqui não, não precisam de ir ao fofinho enjoativo para ser realmente querido e soltar à mesma sorrisos deliciados. O Totoro não é colorido, nem fala com vozes irritantes de bebé. O Totoro ruge, e bem alto, com muita força, e ainda assim é dos bichos mais fofos que existe.

As personagens aqui acabam por ser todas bastante ternurentas: o pai, as pequenas, a mãe, a Granny - uma velhinha vizinha que ajuda no que vai podendo, o Kanta que morre de medo desta família por viver numa casa "assombrada", enfim, não há um vilão ou um foco de distúrbio, corre tudo dentro do carinho entre estas pessoas.

Mas quando uma maçaroca de milho pode ajudar uma mãe a melhorar as coisas dão para o torto e confesso que ainda me assustei um pouco. É uma das coisas que gosto nestes filmes: são "infantis" mas não são moles, não são piegas. São filmes com qualidade e que conseguem transmitir mensagens, conseguem abordar várias coisas sem cairem em falso.

Eu gostei imenso do filme, não é estranho, cheio de cenas a acontecer de forma aleatória, tirando as cenas do Totoro. Mas ele pode. Entre a criação maravilhosa deste ser e a maneira como as "assombrações" daquela casa são vistas por aquela família - não com medo mas antes com entusiasmo, curiosidade mas sem maldade para com elas - esta hora e meia valeu bem a pena e o quanto gostei deste filme. Acho que igualou o meu até agora preferido Viagem de Chihiro e só depois de rever ambos é que vou conseguir desempatar!

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