quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

[leituras] Hans



Título: Hans - O cavalo inteligente

Autor: Miguel Rocha
Páginas: 80
Editora: Polvo


Mais uma das minhas descobertas que deram certo. Há pouco tempo descobri Miguel rocha com o A vida numa colher [beterraba] e embora não tenha ficado fã as críticas gerais ao autor eram boas. Quando descobri mais um dos seus livros pensei: porque não? E desta vez a coisa foi diferente. 

Aqui temos a historia de Hans, um cavalo inteligente. Aparece-nos um palco em frente e nele um "apresentador" que nos fala das capacidades deste bicho especial. Cálculo matemático, desde que posto de forma simples e clara para que ele identificasse o problema em causa. Mas o público é impaciente e rapidamente se chateia de um cavalo maravilha que afinal não faz nada de mais, faz contas mas nisso não é assim tão fabuloso, ele que fale, ele que faça mais qualquer coisa. 

Mas depois desse primeiro contacto que temos no palco temos a historia por detrás do cavalo, o tratamento necessário para que o resultado fosse uma demonstração de raciocínio animal capaz de ser posto em palco. Pior que isso é tentar perceber o raio de relação que há com o cavalo na vida do dono. Eu juro que fiquei muito confusa quando a dada altura aparece uma mulher, completamente aleatória, com quem o homem tem uma relação - também claramente mal resolvida. Nada de estranho. Mas e se essa mulher falar com o cavalo a dizer que e mãe dele? Hein? O cavalo é filho deles? O quê? Mas mas mas... 

Não faço ideia. A serio que não. Querendo passar mais coisas acho que o livro ficou a perder, torna-se mais confuso, embora admita que o livro está bem construído.

Só referir que este cavalo existiu mesmo, foi submetido a testes e verificaram que as suas habilidades vinham de uma leitura da linguagem corporal do dono - Wilhelm von Osten.

Por fim as imagens são boas, o tipo de desenho e muito interessante mas ainda o que gostei mais foi da cor. Esta tudo em tons de preto e branco mas com uma espécie de tom arroxeado que lhe dá um ar quase etéreo. Cinco estrelas nesse ponto, dá-lhe um ar diferente, quase um ar sonhador se juntarmos a não existência de contornos nos quadrados, dá-lhes um aspecto pouco sólido. Gostei imenso disso!

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