sexta-feira, 10 de outubro de 2014

[cinema] Lucy




Título: Lucy

Realização: Luc Besson
Argumento: Luc Besson
Elenco: Scarlett Johansson, Morgan Freeman


Ultimamente não tem havido grande coisa em cinema que me tenha chamado a atenção. Este foi o último que me chamou e lá fui matar as saudades da sétima arte.

Poucos serão os que dirão que não conhecem este filme, foi bastante publicitado e a sua premissa é um dos mitos que muita gente acredita ser verdade.

Assumindo ainda assim que alguém não chegou a tomar conhecimento do que se trata neste filme a ideia é bastante simples: crê-se que apenas usemos, como seres humanos, 10% da capacidade cerebral que temos. Mas se já fazemos tanto com apenas uma ninharia o que aconteceria se conseguíssemos acesso a 20%? E 30%? E 50%? E 100%?

Alguém desenvolve uma droga capaz de "libertar" o nosso cérebro e seria a próxima moda em droguinhas porreiras para deixar o pessoal meio abananado para o que agora se chama "divertir com os amigos" - ou seja, estados de semi inconsciência para mais tarde não recordar #yolo. (Para os possíveis Sheldon deste mundo: isto foi sarcasmo!)

Para fazer o transporte da dita substância precisam das "mulas" que recrutam no meio de Taipé, ou pelo menos assim foi com a nossa Lucy. Enganada por um suposto amigo vê no meio de sangue e morte e acorda com um saco de droga dentro do estômago. Só que o saco rebenta dentro dela e a fuga faz com que o seu cérebro seja a experiência necessária para responder à pergunta que fizemos ao início.

Ao menos isto tem um bom fim: chamar o Morgan Freeman! Só pela voz do senhor valia a pena ver o filme que aquilo é só estilo.

Eu acabei por gostar bastante do filme, de uma forma geral. O ponto aqui é que tenho de me esquecer que sou uma rapariga das ciências e que sei que metade daquilo não faz o mais pequeno sentido. Mas tirando isso o filme é fantástico! Se conseguisse fazer um reset à minha mente este filme teria sido uma coisa muito muito boa. Assim não dá. Tenho a cabeça demasiado formatada para aceitar tudo aquilo.  Bem que me tinham avisado que a ignorância era uma bênção.

Antes de ver o filme vi uma entrevista com o realizador, Luc Besson, onde ele dizia que fazer um filme deste tipo direccionado para adultos não é fácil, é um público exigente e acaba por haver poucos corajosos a aventurar-se a fazer estas coisas. Ele, como adulto cinéfilo que é, sabe o que quer ver quando vai ao cinema e então faz os filmes nessa linha de pensamento. Sem dúvida que os últimos trabalhos que tenho visto deste senhor me têm deixado satisfeita e acho que ainda terá potencial para se aventurar para mais coisas melhores ainda.

Neste caso, e para acabar, gostei imenso do filme - tirando o fim, não fez sentido!, mas pessoal de ciências: reduzam o grau de exigência científica.





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