quarta-feira, 8 de outubro de 2014

[leituras] Homem-Aranha - A última caçada de Kraven




TítuloHomem-Aranha - A última caçada de Kraven
Autor: J. M. DeMatteis, Mike Zeck
Páginas: 150

No mundo de super-heróis o Homem-Aranha não está no meu top. Mas vá-se lá saber porquê tenho alguma afinidade com o moço, acho-o engraçado.

Nunca li muito deste universo embora acompanhe os mais recentes desenvolvimentos!

Neste livro somos logo avisados - no prefácio - que esta história foi considerada a melhor de Homem-Aranha e embora não conheça grande coisa sem dúvida que foi a que mais gostei até agora.

A premissa é simples e apelativa: mata-se o aracnídeo e vamos substitui-lo pelo Kraven com o mesmo fato e tudo. Ok, talvez nos tempos que correm isto não pareça muito depois da história com o Doctor Octupus mas isto vem de 1987, muito antes das trocas todas que temos agora.

O certo é que esta história está muito bem pensada e executada. A maneira como põe grande parte do livro como pensamentos das personagens, o contraste do que se diz e do que se pensa, principalmente no meio de situações de tensão é um bónus que se agradece.

Em sucessões drásticas como é esta de substituir o super-herói por vezes fica a sensação de que as voltas que se dão, para solucionar ou não aquilo que andaram a arranjar, tornam-se um pouco forçadas, pouco naturais, não fazem grande sentido a que as coisas acontecessem assim - mesmo assumindo completamente legítimo estarmos num mundo com super-heróis. Aqui não se nota nada disso: há uma história que se conta e se vai desenrolando calmamente, com os pontos todos que precisa, com seguimento e sem mudanças repentinas para agradar ou chocar.

As ilustrações estão completamente ligadas ao desenvolvimento que vamos acompanhando, com grandes planos de pormenores que só conseguem tornar os momentos mais intensos e reais (em alguns momentos bem mais nojentos do que seria necessário para mim, dispensava aquela rataria toda que por ali anda).

Acho que agora terei de ler mais umas coisinhas do Homem-Aranha porque este soube-me demasiado bem. Quero mais.






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