sexta-feira, 13 de março de 2015

[series] Doctor Who - William Hartnell



De "O que é aquela coisa azul que me aparece em todo o lado nerd da minha vida" a fã acérrima de DW não levou muito tempo. Ver as temporadas novas que havia na altura (deviam ser umas 7) foi um mês. Deste ponto até ao desespero que é ter de esperar por séries (e sim, também estou à espera de Sherlock que ainda é pior que DW) foi um passinho rápido.

Vais desgraçar a tua vida! Não te metas nessas coisas! Olha que não queres fazer isso! Enfim, as vozes foram muitas a aconselhar que se calhar meter-me a ver 40 anos de uma série era um bocado puxado. Bem, eu estou habituada a desafios, este é só mais um - e nem é dos maiores.

E verdade seja dita, eu sou mesmo fã desta série, gosto do conceito, gosto das aventuras que vai acompanhando, gosto do que têm feito com ela ao longo deste tempo todo. Sinto que ver só as séries novas é deixar a coisa imcompleta. Eu não vejo só o fim de um filme, quero ver desde o início. E há tanta coisa que não é possível apanhar nos episódios novos se não conhecermos a série antiga. Há muito mais história do que aquela que conhecemos, há muito mais pessoas, muito mais aventuras em sítios remotos e tempos distantes que de outra forma nunca vou conhecer. Sim, eu sei que são imensos episódios, muitos que nem sequer existem sem ser em reconstrução mas ainda assim! Já decidi a minha cabeça há uns bons tempos e a decisão é definitiva: a série vai ser vista de fio a pavio, desde 1963 com William Hartnell até aos anos em que esta série acabe, se esse dia chegar.



Decidi não dividir Doctor Who por temporadas mas antes por Doctors e assim começo pelo início, pelo primeiro Doctor Who de sempre. Um velhinho com ar de avó, às vezes simpático, outras vezes austero, mas sempre com uma personalidade interessante e muito para contar.

Para mim que comecei a ver DW com Christopher Eccleston, ou seja, o nono Doctor, acabadinho de sair da Time War, uma guerra na qual morreram todos os Time Lord (...-ish), é estranho pensar num Doctor com família e referências às suas origens alienígenas sem o peso do remorso e da saudade. Mas foi isso que aconteceu, aliás, assim que o Doctor nos é apresentado é como avô da Susan (uma personagem execrável, absolutamente inútil e profundamente irritante). E embora aqui ainda não se note muito tenho perfeita noção que quando me começarem a aparecer os concílios de Time Lords, isso sim vai-me fazer uma confusão pegada. Mas adiante que isso vem noutra altura quando aparecerem.



O desfile de companions que houve nestas 3 temporadas não foi pequeno. A vermos bem começamos com a Susan a quem se juntam Ian e Barbara, seus professores; eventualmente aparece o Steve, aparece a Dodo, aparece a Poly, aparece o Ben, ... Isto é muita gente, já para não falar de companions com menos presença como a Sarah Kingdom e a Katarina.

É muito curioso ver o início de algo que se tornou tão grande. Ver as bases que sustentam 50 anos de série e melhor ainda é ver que muitas se mantém até hoje, quase inalteradas. Encontrar Doctor Who de 1963 em 2015 dá um estranho prazer. 

Muita gente, muitas aventuras, muitas circunstâncias históricas (ou não fosse esse o objectivo da série, embora eu levante as minhas mais sérias dúvidas se formos a olhar para a quantidade de violência e/ou morte que vai aparecendo na série.) e uma grande série  a começar. Não sei quando verei as aventuras do segundo Doctor mas acho que não vou esperar assim tanto, isto faz-me falta e até o Capaldi se decidir a voltar para a minha rotina semanal ainda vai demorar.

Não fosse eu tão apanhadinha por isto e não me metia em aventuras mas até escritos eu faço sobre DW, não só para aqui mas para o Whoniverso, site oficial de fãs de Doctor Who (com facebook também). Bem procuradinho e semanalmente - semana sim semana não, mais ou menos, lá escrevo uns artigos giros. Eu bem digo que não consigo escapar a este meu lado mais geek, há falta de provas?


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