segunda-feira, 30 de março de 2015

[leituras] Fatale - A morte persegue-me


Título: Fatale - A morte persegue-me

Argumento: Ed Brubaker
Desenho: Sean Philips
Páginas: 136
Ano: 2012


Este livro não me chamo muito a atenção. É bonito, tem boas premissas, tem imagens interessantes mas sinceramente não me fazia grande pressão para agarrar nele.

Agarrando acabei por ficar interessada e ansiosa por ler o segundo, tenho de confessar. 

Mulher Fatal Eterna - esta premissa interessou-me, gostei da maneira como a história roda em volta desta mulher e de como o mistério e o desconhecido tomam conta por completo daquilo que estamos a ler quase sem darmos conta.

Paixões de um lado, sacrifícios do outro, muita coisa que não se percebe e as coisas acontecem. E resultam! Mas verdade é que geralmente quando se misturam histórias antigas que voltam ao presente com pessoas cheias de vontade de andar à porrada se não tiverem tudo o que querem e depois mete-se uma mulher bonita ainda à mistura: coisa boa não pode sair dali.

Embora seja ela o centro da trama acaba por nunca ser directa e completamente focada nela. Ela aparece quase como mais um peão no meio de algo muito maior. O quê sinceramente ainda não descobri. 

Como livro individual aguça bastante a vontade de continuar a conhecer a história mas sem um seguimento e sem ver o que se passa afinal para aquilo tudo estar a acontecer fica uma vontade de algo mais. Apareceu-me muito como livro introdutório, de composição, de nos atirarem com várias coisas, mais ou menos estranhas para a frente e agora temos de lidar com elas enquanto não temos mais alguma coisa para as perceber.

As ilustrações são interessantes e gostei delas especialmente no acompanhar da história. São bastante obscuras, não que sejam as imagens todas em tons negros mas são pesadas, não é um livro que esbanje cor, a cor é uma coisa pontual e que existe mas sempre mergulhada num ambiente pesado. Gostei desse pormenor e também do próprio desenho que é q.b. de estranho e que cai muito bem no tipo de livro que este é. 

Eu bem que gostava de dizer mais sobre o livro mas sinceramente não me sinto capaz para. Quero muito ler mais para saber o que se passa, ficar assim no fio da navalha corta os pés aos poucos e eu não sou lá muito fã. 

domingo, 29 de março de 2015

Internet Attack (VI)

Os Simpsons já nos habituaram a muita coisa. Personagens da vida real que passam direitinhos para os episódios, piadas estranhas, e uns inícios de episódio absolutamente maravilhosos e míticos. 

Acho que aquele que mais gosto é um que vai até aos confins do Universo para acabar na cabeça do Homer. O que me conquista é o "WoooW" no fim!

Já há com legos, com Minecraft, com sei lá o quê, estes criativos têm uma imaginação genial e fazem coisas maravilhosas. Desta vez lembraram-se de o fazer todo pixelado ao estilo de jogo antigo, ahhh, com musiquinha a acompanhar e tudo :



Agora uma ideia muito engraçada que apanhei na net há uns tempos. Nós nascemos, não foi? Entretanto andamos pelo mundo, durante uns tempos e tal, e o mundo anda à nossa volta também. E quais foram as músicas que andaram à nossa volta durante a nossa vida?

Para colmatar a falha que havia na resposta a este pergunta temos o Retrojam. Isto é uma ideia genial em que pomos a nossa data de nascimento e temos as diferentes fases da nossa vida em música, com aquilo que estava nos hits dessa altura. A experiência é mega interessante e super divertida.

Eu dei por mim realmente a pensar: eu já não ouvia isto há anos, mas eu lembro-me de ouvir! É muito, muito bom e é um exercício de regresso ao passado absolutamente maravilhoso.

E agora lâmpadas!



É um cérebro. Mas é uma lâmpada!

Isto vai mesmo ser sobre lâmpadas. Lâmpadas estranhas, saídas de pessoas com imaginações muito interessante mas lâmpadas. Uma que é um cérebro, assim para começar, cai bem e dá a ideia do que raio se vai passar mas a minha preferida nem é esta (embora adorasse ter uma). Apresento a Light Blub:


É uma lâmpada mas que é uma espécie de saco de água quente de luz. Deforma-se toda e o material que suporta a luz é um material qualquer muito elástico que dá este efeito. Eu quero muito isto para mim. Muito. Ter uma lâmpada que se deforma toda e adapta às coisas mais estranhas? Sim, quero! Com muito vigor!

Há outras engraçadas e eu nunca esperei ficar tão entusiasmada com lâmpadas mas isto é absolutamente fenomenal. Eu gostava de conversar com as pessoas que fazem estas coisas. É por amor ao dinheiro ou por pura loucura que se lembram disto? De qualquer das formas obrigada! Isto um dia há-de iluminar o meu quarto. Literalmente.





sexta-feira, 27 de março de 2015

[cinema] The Theory of Everything

Título: The Theory of Everything
Realização: James Marsh
Argumento: Anthony McCarten, Jane Hawking
Elenco: Eddie Redmayne, Felicity Jones, Tom Prior
Duração: 123 min
Ano: 2014

Depois de passado o hype dos Óscares lá fui ver este filme que me dava tanta curiosidade. Stephen Hawking é das mentes mais brilhantes que este planeta já encontrou e conhecer um bocadinho da história de vida dele era uma coisa que me interessava.

Parecendo que não toda a gente conhece este senhor, nem que seja por ser "aquele cientista de cadeira de rodas" ou "que tem uma voz esquisita".

Eu não consigo ser indiferente a esta personalidade mais que não seja por também andar metida nos meandros escuros e retorcidos da ciência e ver o que este homem tem feito independentemente das dificuldades que lhe têm aparecido à frente. É qualquer coisa.

Apresentam-nos o jovem Hawking, estudante de física, divertido e já brilhante e vamos vendo aos poucos uma evolução nos movimentos que tem, no andar, no usar das mãos, até ao momento em que o veredicto chega: esclerose lateral amiotrófica (ELA).

Os nervos vão deixar de funcionar, os músculos vão atrofiar, os movimentos não vão ser possíveis, comer ou falar também não, o tempo de vida seriam 2 anos. Isto em 1963, tinha ele 21 anos. Hoje tem 73 e ainda cá anda. O como é ainda muito complicado. Os esforços que são feitos para que ele mantenha uma capacidade de comunicar com o mundo são bastantes. É um cérebro genial, absolutamente brilhante num corpo que não lhe consegue fazer jus.

No filme vamos acompanhando o evoluir da doença, vamos vendo a vida que tinha com a sua mulher e os seus filhos ao mesmo tempo que os seus feitos científicos não são completamente esquecidos.

O filme está cheio de pequenas piadas inteligentes, várias referências a Doctor Who - YES! YOU ARE AWESOME MR. HAWKING - e por esse lado não me posso queixar. A única coisa que me dá alguma pena é o nível a que o filme foi romantizado. Não digo que o que está no filme seja mentira ou não se tenha passado mesmo assim mas foram buscar muito as coisas bonitas, muito eufemismo que por ali anda. Gostava que o filme fosse mais cru, assim dá muito a ideia de filme e menos de contar uma história real.

O que não invalida que o filme seja bom. Eu gostei imenso do que vi, os actores estiveram excelentes, principalmente Eddie Redmayne que foi genial. Ainda assim para mim o melhor foi mesmo ao nível de fotografia. O enquadramento das cenas, a imagem pormenorizada em cada uma delas faz um total muito muito bonito. Foi dos filmes com cenários e cenas mais bonitos que já vi, há uma preocupação enorme com esse factor mas que resultou muito bem. Parece mais uma sequência de postais do que um filme. É pouco realista, sim, mas em cinema fica lindíssimo.

Ainda hei de ler o livro, tenho alguma esperança que tenha mais detalhes e coisas mais interessantes e talvez chocantes. Mas a sério, a sério tenho é de ler os livros deste Sr.. Stephen Hawking do alto das suas rodas faz aquilo que muita gente nem sonha. Já está há 50 anos à espera de morrer mas não sem encontrar a Fórmula única que rege o Universo, o único Deus pelo qual se quer reger. A vontade que tenho agora de reler os livros da Fórmula da Felicidade é indescritível. Se calhar ainda vai ter de ser!


quarta-feira, 25 de março de 2015

[leituras] Monte dos Vendavais

Título: Monte dos Vendavais (Wuthering Heights)
Autor: Emily Brontë
Páginas: 377
Ano: 1847

Este é um daqueles livros na categoria dos Clássicos. Podemos não fazer ideia do que seja, do que fale, mas já ouvimos falar e sabemos que é "um Clássico".

Eu tinha alguma curiosidade para o ler, fosse pela curiosidade natural quanto a livros e autores fosse porque tinha quem me chagasse a cabeça a falar deste livro - you know who you are.

Decidi-me a ler e assim de chapa há uma coisa inegável: lê-se ridiculamente bem. Desliza que é uma maravilha. Eu é que com pouco tempo lia muito pouquinho por dia mas é daqueles livros que mesmo do alto das suas 300's e tal páginas se lê estupidamente bem de uma ou duas assentadas. 

A escrita é bonita, desenvolve bem, não empapa, é interessante, cativa e cria bem personagens. Acaba por conseguir criar simpatias ou antipatias com as personagens que nos são apresentadas e é engraçado de ler a história assim, de forma mais próxima e mais directa.

Agora qual foi o senão do livro? A história em si. Não é que seja má, não é que seja aborrecidissima mas não é o tipo de história que me cativa. É engraçado, tem momentos interessantes e bem escritos, mas o tipo de história...

Amores e desamores, paixões escondidas e às claras, personalidades bipolares, pessoas boas e boas, vinganças e quando pensamos que as coisas podiam mudar porque cada um está a avançar na vida, a ter filhos e tal ... Volta tudo ao mesmo, agora com os filhos no lugar dos pais. 

Quando falei com pessoas que leram o livro disseram-me muito pouco mas fixei duas coisas em específico: não há personagens boas ou más e o livro é inesperado. Sem saber muito bem o que fazer com estas precauções avancei e agora posso dizer: o primeiro ponto é completamente verdade, não há personagens boas ou más, mas não há mais sobre isso. Pensei que fosse um ponto mega interessante que pudesse ser uma revolução mas não, é interessante e mais realista do que as personagens todas bonitinhas ou feiinhas que se apanha mas não é assim uma coisa tão fascinantes quanto isso. No segundo ponto já não concordo tanto. Não é que seja mega previsível e aborrecido mas não é imprevisível, uma pessoa vai apanhando as coisas e dá para seguir uma linha de pensamento. Não é preciso fazer um grande alarido com isso, não é assim tão importante.

No fim de ler o livro posso dizer que é um bom livro, consigo perceber o porquê de ter fama e dizerem que é bom, mas não é bom para mim. Histórias de amores e desamores, entre duas casas perto uma da outra, com troca de filhos entre famílias não é a minha coisa. Foi uma experiência engraçada e gostei de ler o livro mas não é livro para mim. Preciso de mais acção, de mais sangue e tripas, de terror, de coisas estranhas, de imaginação a trabalhar em formas mais abstractas que estas. Acho que a seguir a este tenho de ler qualquer coisa mais mexido, só para desanuviar.








segunda-feira, 23 de março de 2015

[leituras] Grandes Aventuras de um Pequeno Herói


Título: Grandes Aventuras de um Pequeno Herói
Autor: Natália Correia
Páginas: 105
Ano: 1946

Mais um dos livros da tal colecção de fac-simile e mais um que dá gosto de ler só pela edição. As páginas amareladas, as letras meio apagadas, as poucas imagens e mesmo o aspecto geral é qualquer coisa de bonita e que ainda faz com que a leitura seja melhor, tem um gostinho especial.

Eu tenho curiosidade pela escrita de Natália Correia, do muito pouco que sei foi uma mulher de garra, um carácter muito forte e que sempre lutou pelos seus ideais.

Olhando para algumas coisas aprendi entretanto que foi uma das fundadoras (com Saramago lá pelo meio) da Frente Nacional para a Defesa da Cultura. Abençoados! 

Mas bem, o livro! Pelas listas que vi da obra de Natália Correia este foi o primeiro livro a ser publicado e não é o tipo de livros pelo qual é conhecida. Aqui temos uma história infantil, puramente bonita como há muito não lia. Porque ok, podemos ler livros infantis com mensagens todas fofinhas, possivelmente ilustrações de arrancar "ooohhhh" às almas mais ressequidas mas a história ser bonita - não é fofinha ou coisas afins - não é assim tão comum quanto isso (não que ande a ler assim tanti livro infantil como isso).

Eu ao ler o livro dei por mim com um sorriso nos lábios de tamanha bondade, ingenuidade, fofice, sei lá, tanta coisa bonita que não se vê todos os dias, infelizmente.

Temos um pequeno rapaz, o Raul, que vive numa terra governada pelo Rei Tirano. Ao ver a diferença de posses entre o Rei, que esbanjava tudo sem se mexer, todos os dias, e o povo a trabalhar horas sem fim e ainda assim com fome decidiu que teria de fazer alguma coisa para combater essa situação desigual.

Depois de se aconselhar com o seu amigo, o grande e velho Castanheiro, percebeu que era sua missão mudar as coisas, fazer uma grande viagem em que recolheria ajuda de todos os elementos para ter força suficiente para combater o Rei. É uma viagem cheia de perigos e surpresas de tal maneira que só uma criança a faria, e só a criança certa, o pequeno Raul.

Envolvi-me completamente nesta história, fiz uma óptima viagem por terras fantasiadas, descrita num texto bonito (com alguns pontos aqui e ali mais literários que dão um tom bonito e sério ao mesmo tempo). Enfim, a escrita deixou-me rendida. Sei que aqui temos uma obra infantil e que o reisto é completamente diferente mas ainda assim fica uma boa ideia de que esta escrita terá muito para me oferecer, um livro mais tarde.

Eu que esperava ler uma coisa mais gritante dei por mim a ler dos livros mais bonitos e engraçados do ano, provavelmente. Ainda terei de pegar em mais Natália Correia, alguma coisa já mais forte e hardcore como a autora.

  




domingo, 22 de março de 2015

Internet Attack (V)

Acho que há poucas coisas que assustem as pessoas a sério, a não ser que se viva na Austrália, aí tudo assusta as pessoas e com mais do que motivos. Mas portanto não chega ter monstros grandes e assustadores que ainda de vez em quando se lembram de descobrir mais um. Neste caso a descoberta é muito mais interessante do que isso: uma espécie já não vista há imenso tempo foi pescada. Foi engano e um acidente mas provou que ainda existem, eles andem aí. 

Não é que eu defenda a beleza acima de outros valores mas olhem-me para o bicho e digam lá se não é feio como tudo:



No artigo onde encontrei isto falavam de nightmare fuel, eu nem vejo bem assim. Não é um bicho que queira encontrar quando vou nadar, claro, mas não é mais assustador do que uma praga de aranhas, que também as há.

Mais uma vez, e só para reforçar o que já se sabe: onde é que este bichinho adorável foi apanhado? Pois, na Austrália, claro. Havia de ser onde?

Já se sabe que nos tempos que correm tossir é quase uma ameaça terrorista e malas perdidas são certamente bombas que irão erradicar a espécie humana. Qual não seria o espanto quando em plenas ruas de São Francisco aparece uma mala perdida. Quais os perigos que encerraria lá dentro? Qual o alcance da bomba? Quem teria feito uma coisa daquelas? 

O conteúdo da mala era sem dúvida estranho mas não da forma como se estaria à espera. A mala estava cheia de restos humanos. De quem? Porquê? E o que raio se passa na cabeça das pessoas? Nâo sei a resposta a nenhuma das perguntas mas lá que é estranho como tudo encontrar uma coisa destas, lá isso é.

Entretranto já prenderam o Sr. que fez este bonito serviço. Não encontrei justificação ou detalhes sobre o crime cometido mas não deixa de ser uma história com contornos bem macabros.

Novas tecnologias? Aparelhómetros estranhos mas mega eficientes? Vamos salvar o planeta e contratar o Sean Connery para "Shave the wales"? Também acho que sim.

A última inovação que apanhei com grande interesse nestes campos de poupar o planeta foi o conceito de um avião solar. Nesta caso chama-se SolarImpulse e é uma coisa até bonita de se ver.



Têm uma rota traçada para ir testando a viabilidade de viagens de mais ou menos distância e a primeira já foi feito, com muito sucesso, ficando agora à espera dos próximos.

Estas chamadas de atenção para a necessidade de cuidado com as tecnologias desenvolvidas e qual o seu fim é muito importante. É pena só começar agora. Já temos uma quantidade enorme de lixo tecnológico na Terra e até fora dela. Sempre ouvi dizer que mais vale tarde do que nunca e ao menos agora as coisas podem mudar mais minimamente para melhor. Até nem é assim tão complicado. Se somos inteligentes o suficiente para ir à Lua e querer fazer colónias em Marte não num futuro tão distante assim também conseguimos pensar em maneiras de ter as mesmas tecnologias agora em formato ecológico, assim como arranjar maneira de reaproveitar e reciclar o que já por aqui anda. 

Mentes do mundo, assembly!

sexta-feira, 20 de março de 2015

[cinema] Anabelle

Título: Annabelle
Argumento: Gary Dauberman
Realização: John R. Leonetti
Elenco:  Ward Horton, Annabelle Wallis, Alfre Woodard
Duração: 99 min
Ano: 2014

Trailer

Comecemos pela forma como ouço falar deste filme: "Ah, este filme fez com que pessoas tivessem ataques cardíacos." ou "É dos piores filmes que podes ver antes de ires dormir. Aquilo é mesmo muito assustador.". Bem, tive de tirar as teimas não é verdade, e sim a minha altura preferida para ver filmes é antes de dormir, não ia mudar isso por qualquer filme. Mas vá, não tive insónias nem pesadelos (não sei se ajuda para o caso nunca ter tido pesadelos mas enfim).

Engraçado é que no meio disto tudo o tema já não vem deste filme. Para começar este filme é uma continuação do que foi feito no The Conjuring - a ver nas proximidades - mas já vi mais do que um com estas bonecas estranhas e assustadoras e podem ter a certeza que em casa minha estas pequeninas não entram. Geralmente são consideradas como peças de museu, quase, caras como o raio e muitas delas ainda têm aquele ar assustador que me impossibilitaria de entrar numa divisão da casa assim que o Sol deixasse de se ver. Não vou deixar que uma boneca de porcelana e roupinhas acetinadas faça esse tipo de coisas na minha própria casa.

Há muitas queixas de que este filme rouba as partes boas de outros filmes as junta e causa impacto apenas por isso. Sinceramente não sei, é possível, não tenho visto assim tantos filmes de terror recentes quanto isso mas ainda assim eu gostei disto. É o tipo de filme de terror muito à base de susto mas há pelo menos uma cena  que não é assim (quando ela está no elevador a tentar subir e o raio do elevador não sai do sítio, abrindo a porta sempre para o mesmo corredor creepy com o cornudo ao fundo) e sim senhor, está bem feita, está assustadoras, atrerrorizante, o que quiserem! Eu a ver aquilo repensei a minha vida.

Mas se há coisa que este filme acaba por abordar e que dá um nó em algum lado dentro da minha pessoa é a história de ter um bebé assombrado. É tudo muito engraçado mas a última coisa em que eu quero pensar quando olho para um bebé é o tipo de demónio que pode trazer agarrado. Não acho mesmo que seja uma boa ideia, de todo, uma altura tão bonita na vida das pessoas e TUMBA agora estás assombrado e não vais ter sossego. É que se a assombração ficasse num quartinho, mexesse umas correntes de vez em quando e aquelas coisas de fantasmas era uma coisa, agora andar atrás de almas e chatear as pessoas a toda a hora com acidentes e desaparecimentos e chifrudos no meio do escuro, não contem comigo para isso.

Parando de divagar por um bocadinho: eu gostei do filme, está interessante, tem cenas bastante estranhas e aterrorizantes, a boneca também está bem escolhida que, verdade seja dita, ninguém no seu perfeito juízo poderia acreditar que aquela tipa NÃO estava possuída por uma tralha qualquer.

O melhor deste filme? Acabar com a nota de que a verdadeira Annabelle existe, está num museu de um casal que dedicou a sua vida a fenómenos paranormais e que para andar controlada é benzida duas vezes por semana por um padre. Só assim para as pessoas não ficarem com ideias de que isto é mais do que um filme.

A verdadeira boneca é ligeiramente menos estranha mas isso não é necessariamente bom!

O que é certo é que este filme foi metido nos píncaros do terror dos últimos tempos, seja pelas pessoas terem ataques nas salas de cinema enquanto o viam seja pela componente "real" que acaba por ter.

Resumindo: nada de bonecas, nada de demónios e se calhar um frasquinho de água benta ou uma coisa qualquer debaixo da almofada não é má ideia.

quarta-feira, 18 de março de 2015

[leituras] Hawk


Título: Hawk

Argumento: André Oliveira
Ilustrações: Osvaldo Medina, Inês Falcão Ferreira
Páginas: 78
Ano: 2014

A capa e título deste livro intrigavam-me. Nunca percebi realmente do que se falava nele até o ler mas é daqueles livros que ouço falar, vejo nas prateleiras, tem selo Kingpin e acaba por ficar na ideia. Pela capa, título ou olhadela rápida fica-se sempre na mesma!

Agora li-o e surpreendi-me. Uma boa surpresa devo confessar. Temos um homem metido para si, agorafóbico, com uma relação muito especial com a sua avó que infelizmente já perdeu. No meio da sua vida, de forma completamente aleatória e inesperada aparece-lhe por uma janela aberta uma águia, ou falcão ou gavião que se recusa a sair do seu cantinho improvisado. Ele liga a muita gente, ele tenta de tudo mas o raio do bicho não quer ir embora. É nessa presença obrigada de uma ave que reside toda a história, toda a relação que se consegue estabelecer entre ave e humano, a linha ténue entre ter ou não alguém ao lado. Saber o que é ter e não querer perder mais uma presença na sua vida, por pequena que seja.

Eu li o livro, cheguei ao fim e dei por mim a pensar que estava ali realmente uma obra bem feita. As ilustrações estão bonitas, as situações maravilhosas, o argumento é muito bom. Gosto da ideia e especialmente gosto do que conseguiram fazer com ela. Já vi muita crítica às ilustrações mas sou sincera, não concordo com nenhuma. Para o livro que é, para a história que conta acho que estão bastante boas, com cores interessantes e um bom trabalho final.

Com o tema que aborda e a maneira como o faz era fácil cair em aborrecimento, em cenários depressivos contínuos que só fariam um livro chato e soturno. Aqui não, conseguimos ter um livro que não é uma explosão de alegria mas que não cai no chato, está num equilíbrio estranhamente agradável.

Gostei imenso de ler o livro, merece sem dúvida os prémios que recolheu e estaremos cá para mais coisas destes senhores (alguns que já me deram grandes alegrias literárias).




segunda-feira, 16 de março de 2015

[leituras] Contact


Título: Contact

Autor: Carl Sagan
Páginas: 432
Ano: 1985

Carl Sagan é um nome que me faz sempre levantar a orelha e prestar atenção ao que é dito. Ele tinha uma capacidade de falar de dados assuntos de uma forma tão humana, interessada e interessante que não dava muita margem de escapatória. Infelizmente não sou da época em que ele estava no activo mas felizmente essas coisas andam por aí para almas mais novinhas como a minha não fiquem privadas de ver estas coisas.

Sabia dos livros que andam aí dele e sempre me deixaram aquela ideia de que seriam geniais. São livros do Sagan, não há muito por onde falhar. Ainda tenho por aqui mais um para ler algures este ano, Os Deuses do Éden, mas fica para mais daqui a uns tempinhos que de momento a fila de espera está assim a dar para o grande.

Este Contacto é sobre uma realidade interessante: estarmos à espera que alguma coisa no Universo comunique connosco e as repercussões que isso tem em nós. Achei muito curiosa a abordagem que a certa altura se dá a isto tudo: instalamos os aparelhos necessários para captar alguma possível mensagem que ande perdida no Cosmos (see what I did?) mas e depois? O que fazemos com ela? Queremos realmente que comuniquem connosco? Saberemos lidar com isso?

Sinceramente nunca tinha visto as coisas nesta perspectiva mas foi engraçado de apanhar. A mensagem que receberam, no meio de outras coisas, tem os planos para a construção de uma máquina. Primeiro há mensagens a vir "do céu". É Deus? É o Diabo? E uma máquina? Para quê? É seguro? Não será uma forma de exterminarem a nossa raça? Uma coisa que aparentemente seriam boas notícias: felizmente conseguimos apanhar alguma coisa, consegue tornar-se rapidamente num quasi-pesadelo para quem trabalha nesses mundos.

Eu gostei das várias perspectivas que o livro aborda nestes casos. A comunidade científica reage de diferentes maneiras, a comunidade não científica reage de mais umas poucas e no fundo é muita guerra junta para uma coisa que seria, aparentemente, uma coisa simples e vitoriosa para a nossa tecnologia e espécie.

Ainda assim quero deixar a nota de que tendo eu uma imaginação bastante fértil e bastante treinada em fazer a representação visual das minhas leituras houve situações pelo livro nas quais me fui perdendo. Paisagens lindíssimas, vistas deslumbrantes que embora descritas e imaginadas souberam imensamente bem.

Agora, vendo o livro não pela história mas pelo desenvolvimento que leva: Sr. Sagan podia ter feito aqui uma coisa muito boa e achei que ficou só boa. Gostei imenso da história e como já disse fez-me ver as coisas por alguns pontos de vistas nos quais ainda não tinha pensado mas o livro começa de forma muito lenta, constrói muita história - parte completamente desnecessária - depois tem uma parte de livro muito boa, mexida, com muita coisa a acontecer, e bem, com um desenvolvimento brutal e bem contada. E no fim acaba de maneira, nem sei bem como descrever, mas talvez desligada. Não faz juz ao que acabámos de ler, ficamos com um gostinho a pedir mais, a pedir um fim condigno àquilo que acabámos de ler.

Achei que podia estar mais bem distribuído, tirar umas partes do início, ou fazê-lo avançar de outra maneira e o livro tinha um andamento completamente que faria uma leitura muito diferente.

Mas sem dúvida que o balanço geral é positivo. A escrita é bastante sucinta, com pontos aqui e ali de ciência que para uma nerd assumida como eu até sabiam bem e numa história onde faz todo o sentido que apareçam. Fiquei curiosa para ler mais Sagan e ver se ainda me consigo fascinar mais um pouco.


domingo, 15 de março de 2015

Internet Attack (IV)

Já por muitas vezes que falo do factor estranho e louco que muita gente associa à minha pessoa. Eu às vezes pergunto-me porque é que eu depois faço coisas que sei que vão alimentar essas ideias. Não sei, acho que não consigo evitar. Mas verdade seja dita: o mundo não é um sítio muito escorreito e este tipo de coisas aparece-me à frente, não sou eu que as faço sequer por isso há inúmeras pessoas que concordam que estas coisas são interessantes.

Como exemplo que se segue: o que acontece exactamente se metermos uma pessoa no microondas? É uma dúvida perfeitamente legítima e interessante. Felizmente alguém foi querido o suficiente para nos explicar o processo

Afinal até nem havia assim tanto perigo, ficávamos meio tostadinhos e tal mas os órgãos eram essencialmente salvos. Se isto se vem a saber os solários entram em declínio e as pessoas começam a encomendar microondas gigantes. Nunca se sabe!



Ainda no âmbito de comida é engraçado de ver o que a cultura consegue influenciar em nós. E apanhei este exemplo que está perfeito, absolutamente perfeito, para demonstrar isso exactamente.

A experiência é simples: dar junk food a moças coreanas. Aquelas coisas que deixam os miúdos agarrados às monstras ou às saias das mães enquanto fazem um birra porque querem engordar mais uns quilos? Essas mesmas, mas dadas a pessoas que não têm hábito algum de comer esse tipo de coisas.



Pop Tarts, gomas, batatas fritas, esse tipo de coisas que a cultura ocidental já tem mais do que enraizadas e agora vemos o contraste. A reacção delas é qualquer coisa, elas por várias vezes perguntam à pessoa que está a gravar "Eu fiz-te algum mal para e dares isto a comer?". Gosto especialmente da quantidade de vezes que a reação é estranho o sabor artificial que se consegue notar claramente naquelas "comidas"  todas. 



Para acabar em bem, e depois de estar a falar em comida e tal temos Katsu, um artista de merda. Tinha de dizer isto, soa terrivelmente bem e o pior é que não estou a dizer mentira nenhuma. Em vez de tinta, pedras ou massinhas este tipo pinta com fezes. Ficou muito conhecido por esta obra em específico:



Este tipo faz exposições ligeiramente aleatórias com um bocado de tudo. Não é só pintura, não é só um estilo, nao é nunca só uma coisa do que quer que seja. É uma grande salganhada, isso sim!

Agora teve este empurrão por pintar o Sr. Facebook com fezes. Eu não sei muito bem o que é que leve a esta expressão de arte mas se se lhe acabou a tinta havia outras opções. Fezes não são a opção, meu caro Katsu.

Enfim, cada um sabe de si e das suas fezes. Para todos os efeitos são dele, pode fazer delas o que bem entender. Eu cá não interfiro.

PS: Esta apareceu de repente e era uma pena não contar para isto. Fãs de Toy Story? Por favor apreciem tanto ou mais que eu:


sexta-feira, 13 de março de 2015

[series] Doctor Who - William Hartnell



De "O que é aquela coisa azul que me aparece em todo o lado nerd da minha vida" a fã acérrima de DW não levou muito tempo. Ver as temporadas novas que havia na altura (deviam ser umas 7) foi um mês. Deste ponto até ao desespero que é ter de esperar por séries (e sim, também estou à espera de Sherlock que ainda é pior que DW) foi um passinho rápido.

Vais desgraçar a tua vida! Não te metas nessas coisas! Olha que não queres fazer isso! Enfim, as vozes foram muitas a aconselhar que se calhar meter-me a ver 40 anos de uma série era um bocado puxado. Bem, eu estou habituada a desafios, este é só mais um - e nem é dos maiores.

E verdade seja dita, eu sou mesmo fã desta série, gosto do conceito, gosto das aventuras que vai acompanhando, gosto do que têm feito com ela ao longo deste tempo todo. Sinto que ver só as séries novas é deixar a coisa imcompleta. Eu não vejo só o fim de um filme, quero ver desde o início. E há tanta coisa que não é possível apanhar nos episódios novos se não conhecermos a série antiga. Há muito mais história do que aquela que conhecemos, há muito mais pessoas, muito mais aventuras em sítios remotos e tempos distantes que de outra forma nunca vou conhecer. Sim, eu sei que são imensos episódios, muitos que nem sequer existem sem ser em reconstrução mas ainda assim! Já decidi a minha cabeça há uns bons tempos e a decisão é definitiva: a série vai ser vista de fio a pavio, desde 1963 com William Hartnell até aos anos em que esta série acabe, se esse dia chegar.



Decidi não dividir Doctor Who por temporadas mas antes por Doctors e assim começo pelo início, pelo primeiro Doctor Who de sempre. Um velhinho com ar de avó, às vezes simpático, outras vezes austero, mas sempre com uma personalidade interessante e muito para contar.

Para mim que comecei a ver DW com Christopher Eccleston, ou seja, o nono Doctor, acabadinho de sair da Time War, uma guerra na qual morreram todos os Time Lord (...-ish), é estranho pensar num Doctor com família e referências às suas origens alienígenas sem o peso do remorso e da saudade. Mas foi isso que aconteceu, aliás, assim que o Doctor nos é apresentado é como avô da Susan (uma personagem execrável, absolutamente inútil e profundamente irritante). E embora aqui ainda não se note muito tenho perfeita noção que quando me começarem a aparecer os concílios de Time Lords, isso sim vai-me fazer uma confusão pegada. Mas adiante que isso vem noutra altura quando aparecerem.



O desfile de companions que houve nestas 3 temporadas não foi pequeno. A vermos bem começamos com a Susan a quem se juntam Ian e Barbara, seus professores; eventualmente aparece o Steve, aparece a Dodo, aparece a Poly, aparece o Ben, ... Isto é muita gente, já para não falar de companions com menos presença como a Sarah Kingdom e a Katarina.

É muito curioso ver o início de algo que se tornou tão grande. Ver as bases que sustentam 50 anos de série e melhor ainda é ver que muitas se mantém até hoje, quase inalteradas. Encontrar Doctor Who de 1963 em 2015 dá um estranho prazer. 

Muita gente, muitas aventuras, muitas circunstâncias históricas (ou não fosse esse o objectivo da série, embora eu levante as minhas mais sérias dúvidas se formos a olhar para a quantidade de violência e/ou morte que vai aparecendo na série.) e uma grande série  a começar. Não sei quando verei as aventuras do segundo Doctor mas acho que não vou esperar assim tanto, isto faz-me falta e até o Capaldi se decidir a voltar para a minha rotina semanal ainda vai demorar.

Não fosse eu tão apanhadinha por isto e não me metia em aventuras mas até escritos eu faço sobre DW, não só para aqui mas para o Whoniverso, site oficial de fãs de Doctor Who (com facebook também). Bem procuradinho e semanalmente - semana sim semana não, mais ou menos, lá escrevo uns artigos giros. Eu bem digo que não consigo escapar a este meu lado mais geek, há falta de provas?


quarta-feira, 11 de março de 2015

[leituras] Saga (#4)


Título: Saga (#4)

Argumento: Brian K. Vaughan
Desenho: Fiona Staples
Páginas: 144
Ano: 2014


Quando descobrimos um livro de que gostamos realmente acabamos por querer mais e mais e continuar a acompanhar aquela gente e aquela história e saber mais e mais.

Quando encontramos sagas porreiras e vamos acompanhando praticamente desde o inicio acaba por ter um gostinho especial.

Foi o que aconteceu com esta Saga Saga... O primeiro livro conquistou-me de morte e aqui ando, sempre à espera que saia o próximo - e que o meu namorado os compre, já que é ele que está a fazer a colecção.

Desta vez ele teve um golpe de cavalheirismo como poucos foram vistos em toda a história: entre dois mega bookworms com uma paixão enorme por este livro ele deixou-me lê-lo primeiro. Há lá coisa melhor e mais romântica *.*

"I beg your fucking pardon" é muito assim que começa, com um nascimento cheio de sangue - azul - de um ser com cabeça em forma de monitor a ser assistido por um médico crocodilo. Saga é isto: espécies que não fazem sentido nenhum, numa história estranha, mas tão estranha que se torna estupidamente boa.

Encontrar a pequena Hazel, já crescidinha, que acompanhamos desde a concepção atribulada, passando pelo crescimento ainda pior e que agora ainda por cima está naquela idade fofinha em que são irritantemente adoráveis. Com os seus corninhos pequeninos e as suas asinhas raquíticas. 

Entre capítulos vão-se deixando assim umas frases soltas que nos deixam a pensar. Muito. Com lágrimas nos olhos. Eu pelo menos no fim do primeiro capítulo recapitulei a minha vida e pensei se é bom meter-me em sagas e gostar imenso delas. Porquê? Mais cedo ou mais tarde cortam-nos o coração em pedaços ínfimos. Até pode não ser muito mas criamos hábitos que depois são difíceis de cortar. São picanços, deixam assim umas falas que nos deixam a imaginar e a pensar no que raio se vai passar. Muito bem jogado, caro autor, mas quando não sei quando vou ler o próximo ainda me pode dar um enfarte agudo do miocárdio. Depois quero ver de quem é a responsabilidade. Enfim.

Achei que este livro está a enveredar mais pela componente estranha que os livros nos habituaram. Tem momentos mais aleatórios, que nos deixam mais aparvalhados do que outra coisa, mas depois tem contexto, verdade seja dita.

No meio disto tudo o pior (não sendo mau) é que continua a cativar e a interessar e não desiludir. Dá vontade de ler mais, vontade de saber o que mais vai acontecer a esta família. É demasiado estranho e bem feito para ser doutra maneira, consegue fazer uma história muito bizarra e dar-lhe ares igualmente bizarros que no contexto final resulta numa bela duma obra, inesquecível. Mas até sabermos mais coisas temos de esperar.

Custa, mas depois sabe bem.





segunda-feira, 9 de março de 2015

[leituras] American Vampire

Título: American Vampire
Argumento: Scott Snyder, Stephen King
Desenho: Rafael Albuquerque
Páginas: 192
Ano: 2010

Eu quando era uma moça pequenita já gostava de ler e já era estranha. Resultado: adorava histórias de vampiros, lobisomens, zombies, coisas com muito sangue à mistura, tripas e feras assassinas sedentas de mais. Na altura chamavam-me louca. Depois os tempos mudaram e hoje quem é que não gosta de um vampirinho? Qual é a adolescente que não quer encontrar um vampiro no quarto e jurar-lhe amor eterno (literalmente)?

Com a onda vampiresca que apareceu há uns tempos há pouca coisa que tenha encontrado que fizesse juz às bestas que são estes seres. E depois agarrei neste livro. Logo para começar temos uma introdução de King que me mostra claramente o porquê de eu gostar dele:

"Here's what vampires shouldn't be: pallid detectives who drink Bloody Marys and only work at night; lovelorn southern gentlemen; anorexic teenage girls; boy-toys with big dewy eyes.
What sould they be?
Killers, honey. Stone killers who never get enough oh that tasty Type-A. Bad boys and girls. Hunters. In other words, Midnight America. Red, white and blue, accent on the red." 

Please Mr. Stephen King, be my mentor! Teach how to be this badass and thi cool! Please!

Enfim, finalmente um belo dum livro com vampiros a sérios, muito sangue a saltar das veias, muita gente a tentar matá-los - sem grande sucesso.

A história não é banal, temos os típicos vampiros que morrem com madeira, que não suportam a luz do Sol e depois temos uma nova raça, uma raça da qual temos de ir descobrindo coisas aos poucos, conseguem andar durante o dia e a madeira é um material porreiro.  O que vai acontecer com esta guerra entre raças de vampiros? Não faço ideia, mas são vampiros um bocado assassinos e não me cheira que resolvam coisas com chá e bolachinhas saídas do forno.

Eu quero ler mais disto, sem dúvida. Tenho saudades de ter vampiros a sério, bestas sanguinárias que só se sentem completas se estiverem  banhadas em sangue. Este é o meu tipo de vampiros, o tipo que eu quero acompanhar e definitivamente não conhecer! Até porque de aspecto só podem ser giros Às vezes ...



domingo, 8 de março de 2015

Internet Attack (III)

Eu não me lembro de ser pouco estranha, acho que foi uma coisa que já nasceu comigo. Sempre fui curiosa e não era só com as coisas que estavam directamente à minha volta: aquilo que não conhecia ou não percebia ou me fazia confusão de alguma maneira, porque vi ou ouvi alguma coisa aqui ou ali, tinha de ser explicado. Eu mexia-me das maneiras que fossem precisas para descobrir. Ainda assim me mantenho.

As coisas estranhas são aquelas que têm menos explicação e seja por isso ou não ainda acabam por ser aquelas que às vezes mais me chamam. Resultado: não sou considerada muito escorreita. De forma completamente injusta, acrescente-se. Isto dito, há uns anos descobri um livro e uma autora que adoro até aos dias de hoje. O livro chama-se A Vida Misteriosa dos Cadáveres e a autora é Mary Roach. 


É um livro que tenho de ler nas proximidades, agora que penso nisso, e que basicamente fala das várias coisas que podem acontecer a um corpo depois de morto. É dos melhores livros que já li, acho-o genial e foi das coisas que mais gostei de ler na vida, 

Apanhei um pequeno vídeo que tem uma abordagem muito mais suave sobre estas coisas mas que não deixa de falar destas brincadeiras da morte. 



É educativo e fofo! Pode ser que assim não digam que sou mórbida e essas coisas todas.

Enfim: descobri também uma história "engraçada" aqui há tempos: Claira Hermet descobriu que tem 80% de possibilidade de ter cancro da mama e tomou a mesma decisão que Angelina Jolie, fazer uma dupla mastectomia por prevenção (a operação foi em janeiro e já houve novidades de que correu tudo bem).

Como estes dois casos há milhares e não chamaria a atenção para este se fosse só mais um. O que é certo é que esta senhora decidiu que tirar ambas as mamas não vai ser o fim do mundo e que já que as vai tirar tem de as aproveitar enquanto as tem, ao mesmo tempo que angariava fundos para uma associação de Luta contra o Cancro da Mama.



O vídeo é divertido, a causa é boa e é uma maneira de ver as coisas pelo lado positivo, sem dramatismos nem vitimização. É preciso ser feito então faz-se! E se coisas boas se podem juntar a este processo então seja. Um óptimo exemplo de como estas coisas devem ser levadas: da melhor maneira possível.

Para acabar: há jornalismo muito bom em Portugal. E depois há o Nuno Luz. Eu não percebo o porque de haver jornalistas competentes desempregados e depois o Nuno Luz na televisão, mas são opções de vida não é?

Para quem não conheça a peça por favor, é só por Nuno Luz no Google que as calinadas começam a aparecer e nunca mais acabam. Esta foi a última que vi e mostra o bom que é ter jornalistas destes a receber prémios e tudo pelo bom desempenho profissional.


E não há muito mais a dizer, não é?



sexta-feira, 6 de março de 2015

[series] Torchwood

Título: Torchwood
Argumento: Russel T. Davies
Elenco: John Barrowman, Eve Miles, Kai Owen, Gareth David-Lloyd
Duração: 50 min
(4 temporadas: 13+13+5+10 ep)
Ano: 2006-2011


Depois de ver Doctor Who, as temporadas novas, as antigas estão a ser tratadas com algum cuidado adicional, os spin offs estavam na lista de coisas a ver a começar por este Torchwood - o ponto Captain Jack Harkness pesa um bocado.

Eu acho que ninguém no seu perfeito juízo consegue não gostar do Jack. Ele tem estilo, ele tem um carácter, hum, interessante, vá, ele é misterioso, é um pacote completo de coisas giras. E confesso que foi a primeira vez que pensei no termo omnisexual e achei fascinante!

Deixando o foco do Jack aparece-nos uma equipa bastante heterogénea a tratar de casos de origem alienígena. Owen, um médico mal disposto e com um feitio que me dava vontade de esbofetear o ecrã; Tosh, uma verdadeira geekzinha cuja matemática é lei (infelizmente apaixonada pelo Owen); Ianto, uma personagem adorável, querida, simpática mas importante para toda a equipa, especialmente para o Jack (o Ianto é adorado e odiado ao mesmo tempo, é muito porreiro e tal mas depois é quem faz casal com o Jack - os fãs mais acérrimos do Captain Jack não aguentam a ciumeira); Gwen, a welsh mais irritante que conseguiram arranjar, é completamente sobrevalorizada e ainda estou para perceber porquê (salva-se o sotaque dela que é qualquer coisa de fenomenal); se a estes juntarmos o Jack temos a equipa de Torchwood preparada para combater o que quer que apareça.

E é isso que eles fazem, há qualquer coisa a ameaçar a segurança dos humanos - e por algum motivo o foco dos aliens é Cardiff, devia ser uma zona investigada - e andam por aí a capturá-los e a ver se conseguem controlar as maquinetas tecnológicas que eles trazem cá para baixo. 

As primeiras duas temporadas são muito isto, à mistura com muito drama pessoal, traições e vidas cruzadas e sei lá mais o quê. Depois temos uma terceira temporada que é uma história grande, dividida em 5 episódios, nos quais somos visitados por uma entidade estranha, durante um tempo em que o Primeiro Ministro britânico é nada mais nada menos que Peter Capaldi, ou também conhecido por Twelfth Doctor. Uma pessoa é incapaz de não ver isto não é? Mas enfim, vamos avançar! 

A quarta temporada é a versão americana de Torchwood. Tem um estrutura parecida com a da terceira, uma grande história, desta vez dividida em 10 episódios.


Mantém-se uma parte da equipa (infelizmente só temos o Jack e a Gwen a continuar com Torchwood) e juntam-se dois agentes da C.I.A.. Há mais um fenómeno estranho - desta vez alguém andou a ler Saramago e decidiu por As Intermitências da Morte em série e basicamente as pessoas deixaram de morrer. 

O argumento nesta última deixou muito a desejar, mesmo nas outras houve coisas que deram uns nós nos meus pordentros mas esta última foi demasiado drástica para deixar passar.

Enfim, não sei bem se o saldo é positivo ou negativo. Há muitas inconsistências, há personagens muito fraquinhas, personagens boas que foram mal aproveitadas, há muita coisa. É interessante, tem situações curiosas e nalguns momentos tem pormenores fascinantes (como quando se ouve a TARDIS e o Jack sai disparado com a mão do Tennant atrás). 

É uma série interessante de acompanhar mas falta-lhe qualquer coisa. Russel T. Davies fez muita coisa bem mas aqui faltou-lhe um tempero qualquer. Ainda assim arrisco em dizer que foi positivo. No meio de tudo gostei de ver e é um bom spin-off. Quando tiver cabeça e tempo virão as Aventuras de Sarah Jane Smith, mas ainda vai demorar.

quarta-feira, 4 de março de 2015

[leituras] 7 Vidas


Título: 7 Vidas : Diário de Vidas Passadas

Autor: André Diniz
Ilustrações: António Eder
Páginas: 120
Ano: 2014

Este livro foi-me aparecendo à frente e por algum motivo tinha aquele estilo meio louco que eu gosto de ler. Ok, capa meio alienígena é capaz de ter ajudado muito.

7 Vidas é um livro sobre vidas passadas, como o próprio título diz. André Diniz fez sessões de regressão a vidas passadas e o relato do que foi vendo e sentido é qualquer coisa digna de nota.

É engraçado ler determinadas coisas, não são histórias de como era ser a Cleópatra ou o Napoleão mas sim pessoas "normais", ver pessoas diferentes que são vistas e sentidas como conhecidas, mão, pai, filho, mulher, mas ao mesmo tempo sem nunca as termos visto.

Somos apresentados a várias coisas que foram acontecimentos a "Andrés anteriores" e encontramos várias pessoas, com estilos diferentes de viver, hábitos e épocas diferentes. Uma dor na perna desde o início das regressões que foi fazendo tinha de ter explicação assim como uma vida com lembranças muito pouco agradáveis. É engraçado de acompanhar.

Eu sou céptica acerca destas coisas mas deixo as hipóteses em aberto. Se a oportunidade aparecer quem sabe se não tento descobrir vidas passadas escondidas algures na minha mente (ou lá onde ficam guardadas). Este livro acaba por ser engraçado e dá-nos uma ideia muito superficial de como é que isto tudo funciona. De qualquer das formas lembrou-me que sou curiosa com estas coisas!

É um livro engraçado de se ler por curiosidade mas pouco mais que isso. Torna-se interessante e quando começamos ficamos na expectativa do que ainda pode aparecer mais, nunca se sabe se não aparecia o Elvis algures!



segunda-feira, 2 de março de 2015

[leituras] Homem-Aranha Vingadores - Contos de Fadas Marvel


Título: Homem-Aranha Vingadores - Contos de Fadas Marvel

Argumento: C.B.Cebulski, Mindy Owens
Arte: Ricardo Tércio, Niko Henrichon, Nick Dragotta, Mike Allred, Laura Allred, João Lemos, Christina Strain, Nuno Plati
Tradução: Filipe Faria, Paulo Furtado, João Miguel Lameiras, Paulo Moreira
Páginas: 168
Ano: 2014

Já há uns tempos li umas histórias disto, contas de fadas da Marvel. Alguns deles estão aqui mas também tinha coisas novas. A ideia é simples e a premissa engraçada: recontar contos de fada que todos bem conhecemos e pô-los a fazerem parte da vida e de muitas das situações e/ou características de personagens Marvel.

Para começar Homem-Aranha, um super herói que sinceramente não me aquece nem me arrefece. É um tipo porreiro mas não é assim tão fascinante. Aqui no meio de um Capuchinho Vermelho ligeiramente diferente, com a pobre Mary Jane a ir visitar a Tia May com muitas quotes habituais do herói em questão. Os desenhos são claramente infantis mas são fofinhos.

Depois um senhor que aprecio: Anansi, o contador de historias, Deus aranha. Depois de ler os Filhos de Anansi fiquei-lhe com alguma afeição. É completamente louco e estranho mas é tão engraçado. 

Mas apanhamos de tudo um pouco, de forma muito variada e mal será se não ninguém ou nenhuma história que não se aprecie, Cinderela, PeterPan, Feiticeiro de Oz, Pinóquio, sei lá tanta coisa.

Depois para ajudar à festa temos no final um behind the scenes. É sempre interessante, ver os esboços, as etapas de trabalho, as diferenças de criador para criador e a dinâmica entre estes. É um pormenor que adoro encontrar no fim dos livros e que sobe em muito a consideração que tenho pelos autores - na maior parte das vezes.

Nesse final temos também Cebulski a defender que Portugal é o pais, talvez do mundo, com mais talento por descobrir. A realidade é que estamos realmente a fazer muitas coisas, há muitas obras a sair, diferentes, inovadoras e que são reconhecidas cá e lá fora como sendo de qualidade.

Vamos apostar nisso! Mais BD. Melhor BD. Mas BD!

domingo, 1 de março de 2015

Internet Attack (II)

Mais coisas estranhas que fui encontrando e desta vez começamos com Gay Semiotics. Portanto um fotógrafo, anos 70, San Francisco: vamos tirar umas fotos e explicar como distinguir um gay. Quais os elementos chave para saber se é ou não gay e o porquê do uso de determinados acessórios.



Eu ri-me bastante a ler as legendas que aparecem neste tesourinho, por exemplo:

"Keys are an understood signifier for homosexual activity. A key chain worn on the right side of the body indicates that the wearer desires to play a passive role during a sexual encounter. Conversely, keys placed on the left side of the body signify that the wearer expects to assume a dominant position. Keys are also worn by janitors, laborers and other workers with no sexual significance intended."


Eu ao olhar para aqui e ao ler o que é dito como significado de muita coisa vejo que posso estar a mandar as mensagens erradas se alguém de São Francisco dos anos 70 ainda andar por aí.

As coisas mudaram bastante em 40 anos mas ainda assim quem é que nunca ouviu a história de que brinquinho na orelha direita é sinal de homossecualidade? Eu sei que me fartava de ouvir isso de cada vez que algum rapaz furava a orelha. Se calhar estas "legendas" não estão assim tão fora de moda quanto isso.

Mas misturando gays e Jesus Cristo: onde é que este último não aparece?

Já o vimos em tostas, já o vimos em nuvens, já o vimos no relevo de uma montanha e em tantos outros sítios estranhos. Agora ascendeu aos céus, outra vez:


Eu gosto de auroras, são fenómenos lindíssimos que verei ao vivo, se tudo correr bem, pelo menos uma vez na vida. E realmente olhando para a foto aí apresentada aquilo está numa forma sugestiva. Se eu fosse uma entidade toda poderosa possivelmente também usaria assim coisas bonitas. Não sei se foi o não foi mas que fez um efeito giro, lá isso é bem verdade!

E para acabar um pouquinho de arte. Coisas estranhas à muitas. Fotos estranhas são milhões. Coisas antigas que se descobrem no fundo dos baús das avós e com potencial para assustar um pouco também há a rodos. Mas o que fizeram com estas fotos antigas é qualquer coisa de demasiado awesome para ser posto em palavras.


A ideia é simples: transformar estas fotos antigas em monstros. Umas asas aqui, uns dentes ali, um tentáculo estranho que sai não se sabe bem de onde. Desde que haja imaginação e capacidade de fazer a transformação o resultado pode ficar qualquer coisa muito engraçada. 

Esta pequena amostra deixou-me a pedir mais. Fiquei curiosa com o que poderia ser explorado, aqui foram imagens bastante contidas, digamos, que foram mostradas. Aposto que há imagens muito mais aterrorizantes deste estilo. Andarei à procura, se encontrar vem para aqui de certeza!