Autor: Sergio Toppi
Páginas: 224
Ano: 1984
Esta capa deixou-me curiosa. As ilustrações são muito cheias, com muita coisa a acontecer numa imagem, que nunca é só uma imagem. Fiquei curiosa sobre como é que isso seria mantido ao longo de um livro inteiro e este ponto foi dos que acabei por gostar mais.
Mas bem, a história já não
é nova: um rei que é traído pela sua mulher e que a partir desse
momento decreta uma nova lei: todas as mulheres jovens são para lhe
ser oferecidas, uma por noite, com a condição de que na manhã
seguinte serão mortas. Parece justo. E como é o rei que manda tem
de ser.
Lá começa a haver
escassez de moças – pudera – até que há uma que
se candidata com a ideia de que conseguiria sobreviver à vontade do
rei. Como? À base do contar de histórias. Todas as noites uma nova e o rei não queria ficar sem histórias por isso não podia ficar sem Sharaz-De. Golpe esperto, sim senhor, moça!
O mal disto é acabar por pecar pela repetição. É tudo muito engraçado, as histórias são interessantes e curiosas mas o livro é enorme e acaba por ser sempre mais do mesmo, over and over again. Torna-se um bocado complicado de não chatear de ler sempre a mesma situação com pequenas variantes!
As histórias não são todas iguais, são interessantes e tal mas mais de 200 páginas nisto cansa. Percebe-se bem a ideia do que a moça está a fazer, bastava contar 5 ou 6, não são precisas 200 páginas disso.
Gostei de ler o livro mas acabá-lo foi um suplício. Aquilo cansa um bocado. Mesmo as ilustrações que me prendiam e que me deixavam por uns minutos a olhar para a mesma página já me chateavam lá pelo meio. São muito trabalhadas, a história é uma óptima mistura entre texto e ilustração, complementam-se de forma muito especial e só com as ilustrações seguimos uma linha de pensamento bem definida e que nos conta qualquer coisa.
Portanto sim, é um livro giro e gostei de o ler mas lá que foi penoso, isso foi!
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