Autor: Mario Vargas Llosa
Páginas: 375
Ano: 1977
Este livro foi-me oferecido por um primo, porque pronto: Júlia. (Também tenho um livro da Júlia Pinheiro, porque "A Júlia Pinheiro tem de ter o livro da Júlia Pinheiro"... É difícil ser eu!)
Assim à primeira a escrita fez-me lembrar Eça. Descritiva, clássica, uma escrita que não sendo aquela que me lembro de chapa que gosto, me sabe sempre bem ao encontrar.
Temos uma paixão do Varguitas, ou Marito, por uma Tia que não é tia dele, e um escritor meio chalupa que tem o dom de cativar o público de forma impressionante. E embora vejamos as coisas pelos olhos do dito Marito, acompanhar o desenvolvimento de ambos torna-se cativante.
Depois, a própria estrutura do livro é interessante. No meio da história que nos contam são inseridas algumas histórias do Pedro Camacho, o autor que arranca corações do público. Acontece que este vai ficando realmente fraquinho da cabeça, o Marito tem de se agarrar à tia porque está muito apaixonado.
Peripécias e peripécias num livro que tem parte biográfica no meio de tanta coisa que nem sei bem onde está a linha de separação.
No fim ficou um livro que me surpreendeu pela positiva. Foi engraçado de ler, um bocadinho com histórias de amor que não me interessam, mas como tinha a evolução de um autor, de estrela a nada, foi especialmente interessante - mesmo não sendo esse o foco principal do livro.
É um livro bom de ler, é interessante e a escrita ainda foi o que me agradou mais. Não sei se voltarei a Llosas, provavelmente sim, mas não fiquei super curiosa ou ansiosa por isso (mesmo sendo bom).
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