Autor: Edmond Baudoin
Páginas: 232
Ano: 1996
Acho que foi o
último livro da colecção da Levoir que li, agora que penso nisso!
Enfim, mais um à aventura e mais um com sentimentos ambíguos.
Por um lado gostei
da história. A ideia de uma viagem de reencontro, uma viagem para
encontrar coisas novas ao mesmo tempo que o sujeito se encontra a si
mesmo. Isto é feito de uma maneira extremamente esperta, recorrendo a uma
anomalia curiosa: uma cabeça aberta. Isto quer simplesmente dizer
que tudo lhe entra na cabeça, que o que rodeia a pessoa é aquilo
que tem na cabeça, é ele próprio. Um toque engraçado que dá uma
piada diferente ao que é contado.
Ao mesmo tempo
pensando na viagem que nos é mostrada já não sou tão fã assim. O
conceito é muito bom e concordo a 100%, a execução do tipo já são
outros quinhentos. Quanto às ilustrações que noutros ambientes
encaixariam muito bem, aqui não lhes achei muita piada: umas
ilustrações mais cruas, mais simples, mais brutas por vezes. Já
tenho visto livros em que este tipo de ilustração assenta no
argumento, aqui achei que não se justificava, achei que fazia sentido uma ilustração mais detalhada e menos grosseira. Não é que fique mal, só acho que não fica tão adequado: a história por si só tem tanta coisa que gostaria de a ver noutro registo.
Agora, o livro é bom, é bastante interessante, está muito bem escrito e muito bem pensado. Sem dúvida que é uma situação nova e que dá muito que pensar.
Tem uma bela concretização e é uma leitura simples e leve que se faz num instante e vale muito a pena.
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