quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

[leituras] O Longo Halloween II

Título: O Longo Halloween II
Argumento: Jeph Loeb
Desenho: Tim Sale
Páginas: 176
Ano: 2015

É bom não nos desapontarmos com os livros e foi exactamente o que aconteceu neste caso.

O primeiro não me ficou especialmente na memória e não achei nada de especial mas este segundo vale por si e pelo primeiro.

Ainda por mais eu tenho um fraquinho com os vilões do Batman, para mim são dos mais interessantes e com mais estilo. Não sei se é a aceitação da loucura em cada um deles, se será influência da minha paixão pelo Joker e pelo Arkham Asylum mas o certo é que os inimigos do morcego costumam ser tipos, ou tipas, a quem acho piada.

Calha bem que aqui vemos nascer um e ainda nos aparecem muitos dos outros reunidos e a serem loucos em conjunto. Não é bonito quando todos se conseguem dar bem?

O Batman passa por várias fases num caso que não é, de todo, fácil de resolver. Demora imenso tempo a resolvê-lo, mexem-lhe com os circuitos mais internos até não saber bem quem é ou o que faz, já não sabe em quem confiar e de quem desconfiar. Aqueles que hoje são amigos amanhã são inimigos, aqueles que parecem neutros afinal pendem bastante para um lado. 

É um livro cheio de twists que embora admita que muitos só resultam porque temos o contexto do primeiro volume acho que a diferença de um para outro é demasiado grande. Se não fosse a recomendação e a minha OCD de leitura, lendo o primeiro livro eu sei grandes dores de cabeça não pensaria em ler o segundo, e isso seria um claro erro. Dar um bocadinho de gás naquele primeiro tinha sido uma boa aposta, pelo menos para mim que não sou grande fã de história a construir muito e sem desenrolar nalguma coisa.

Mas bem, é um bom livro, o conjunto vale a pena, e embora não chegue aos calcanhares do Arkham Asylum é um dos melhores livros que li de Batman até hoje.


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

[leituras] O Longo Halloween I

Título: O Longo Halloween I
Argumento: Jeph Loeb
Desenho: Tim Sale
Páginas: 200
Ano: 2015

Pelos criadores desta obra e pela crítica próxima que já me tinham feito este livro, melhor, estes dois livros, vinham com boas perspectivas para serem interessantes e uma leitura especialmente agradável.

Este primeiro volume, não sei se pela expectativa ou não - inclino-me mesmo a dizer que não - não me surpreendeu nem deixou especial interesse.

A arte é porreira, costumo gostar das coisas do Tim Sale, e a história começa a ser interessante, mas muito ao de leve. Alguns vilões, o mistério de quem é quem e a aura do Feriado sempre a pairar mas pouco mais do que isso. Uma espécie de policial do Batman, mas no início.

Mantenho a minha expectativa para o próximo volume. Este não me chamou nem marcou mas quem sabe não está apenas a abrir portas para uma segunda parte surpreendente? Espero que sim.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

[cinema] Star Wars - The Force Awakens (Episode VII)


IMDB
Trailer
Realizador: J.J. Abrams
Duração: 2h15min
Ano: 2015

Eu nunca tinha visto Star Wars no cinema. Parecendo que não a primeira trilogia saiu ainda eu nem planeada era e quando saiu a segunda era pequenita demais para pensar no que seria aquilo, sequer. Lembro-me de ver os filmes, ou partes, ao longo dos anos, mas era daquelas coisas que ia vendo, já sabia quase tudo mas nunca os tinha visto completos, por ordem ou o que quer que fosse.

Há uns anos fi-lo, como é óbvio - até porque umas poucas pessoas batiam se não o fizesse - e rendi-me, como sabia que renderia. Seja pela força que aquilo tudo tem (get it? Force... Ah!), seja por alguns actores, seja por algumas personagens, mas aquilo vale a pena! (E sim, sou daquelas pessoas que vai para as zonas de merchandise de Star Wars e quer comprar praticamente tudo, especialmente coisas do R2D2, C-3PO, Chewie e mais recentemente BB-8).

Mas agora, 21 anos feitos, e hoje passados, fui ver o meu primeiro filme de Star Wars ao cinema.

Primeiro ponto: havia bem mais crianças do que estava a contar. A sala estava essencialmente cheia de miudagem. Ok, muito estavam lá a reboque dos pais mas nota-se que há ali cultura na história (havia um pequenino ao meu lado que no intervalo saltava para cima do irmão e perguntava: "Olha, vai aparecer o Jar Jar Binks?" ou "A Leia é filha do Dark Vader?" - e sim, ele dizia Dark Vader, mas ele era pequenino e fofinho!)

Mas o filme em si foi uma montanha russa. Gostei do filme de uma forma geral, mas tenho alguns problemas com alguns pontos!

Tenho problemas com o novo mascarilha -  havia ali tanto potencial pela ideia que tem, mas está a chatear-me tanto aquele casting e as atitudes fraquinhas do tipo. Sim, eu percebo o dilema do moço, sim senhor, e é interessante mas nem acho que no argumento que prepararam para ele consigam criar uma personagem interessante nem que o actor consiga fazer mais do que ter ar de totó. Para mim foi o que mais me chateou, para ser sincera. Mais a mais com a ascendência que dava mais do que genes para que a panhonhice fosse mínima.

De resto, muito bem, não arruinaram a saga, voltaram às bases da primeira trilogia, e fizeram um trabalho bem agradável. Agora sim tenho expectativas, os próximos filmes têm mesmo de ser bons porque se não vou ficar muito chateadas.

Contem-me lá quem é a Rey. E metam o R2D2, o C-3PO, o Chewie e o BB-8 a fazer coisas giras! E em 2017 voltamos a falar!




quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

[leituras] Batman Ano Um

Título: Batman Ano Um
Argumento: Frank Miller
Desenho: David Mazzucchelli
Páginas: 120
Ano: 1987

Agora vou-me dedicar a ler a colecção do Batman. Ela teria de ser lida, porque não agora. Até agora só tinha ido o Arkham Asylum, porque pronto, é genial e dos melhores livros que já li. Mas agora vão os outros.

Só por me lembrar que o Arkham Asylum existe já merece pontos, mas é mesmo só à cabeça e durante uma fracção de segundo.

Eu já tinha lido este livro há uns tempos - ano e meio, segundo o Goodreads me diz - e já na altura não me fascinou. Assim se mantém.

O livro tem pouco de interessante: a história não tem nada de relevante, as personagens andam todas meio perdidas, a arte não me convence. A ler coisas sobre este livro havia pessoal a dizer o quão revolucionário foi, o diferente que foi, a evolução que deu à personagem. É capaz de ser isso que o faz ter tanto sucesso mas para mim, que me assumo completamente como leiga que não segue completamente as histórias todas e portanto posso ir perdendo informações nos permeios, não é um livro que me chame ou que me fique sequer na memória.

Já a parte do fim - esboços, planificações, desenhos - são apêndices que mostram como as coisas nascem e deixam-me sempre rendida. Ali sim as coisas ganham um ar muito mais interessante, mais cru e autêntico.

Resumindo, para mim: a arte não é nada de especial, a história também não tem mais do que isso. É um livro que nem por argumento nem por ilustrações vale muito. É engraçado, é diferente mas não é um dos que fica para recomendações ou lembranças. É bom para entreter um bocado.

domingo, 20 de dezembro de 2015

[escritos] Uns livros pelos outros

Sou uma moça que se gostar de um autor vai ler todos os livros, até aqueles que não se encontram em lado nenhum mas que por uma nesga dá para ver / ler.

Estava a pensar que por vezes não preciso de ler muita coisa para saber que um autor é o meu tipo de autor e comecei a pensar: quem foram os primeiros com que senti isso?

Primeiro pensei na Mary Roach. Apaixonei-me completamente com A Vida Misteriosa dos Cadáveres - acho que o próximo ano parece uma óptima altura para releitura - e desde aí que sabia que essa senhora era qualquer coisa de brutal que valia a pena acompanhar. Infelizmente em português não há grande coisa, e ainda só tenho dois livros dela. Mesmo assim o primeiro acho que será sempre o meu preferido com todas as utilidades - e sim, são mesmo coisas úteis - que um cadáver pode ainda fazer.

Depois comecei a tentar puxar mais para trás e talvez Saramago me tenha chamado antes disso. Não me lembro quando é que o li pela primeira vez mas também não foi à primeira que fiquei derretida para aquela obra.

Por isso sim, Mary Roach ganha.

E isto tudo porque ler o Elephants on Acid foi uma experiência tão curiosa que o segundo do mesmo autor - Hippos eat Dwarf - não demorou a vir para a minha prateleira. Mas não haja dúvida que uma pessoa depois começa a ganhar favoritismos, às vezes mesmo que involuntários.

Eu sei que gosto de King, vou ter alguma facilidade em pegar num livro dele mesmo sem saber o que seja.

Isso se calha interfere um pouco com a descoberta de coisas novas mas acho que há tempo e vontade para tudo!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

[leituras] William Shakespeare's Star Wars: Verily, a New Hope



Título: William Shakespeare's Star Wars:
Verily, a New Hope (#1)

Autor: Ian Doescher
Páginas: 174
Ano: 2013

Já não sei bem quando mas na busca de prendas para o meu namorado dei de caras com estas obras de Star Wars em versão Shakespeare. Achei que tinha todo o potencial, e mais, as capas são lindíssimas.

Acabei por me decidir a comprar o primeiro porque mais que não fosse era um livro giro de ter na prateleira.

Dito isto, e passados uns bons tempos de andar nas nossas mãos lá me decidi a pegar nele. Isto ganha essencialmente pela ideia.

Escrever a história desta maneira da-lhe um ar erudito, um ar mais antigo e sábio, mas é só ar, a história é a mesma e não traz nada de novo mas "Oh help me Obi-Wan Kenobi, help. Thou art mine only hope." dá estilo.

As ilustrações que existem são muito bonitas, dão um ar meio fofinho à coisa. Mas pronto, o livro não e mais do que isso. Uma adaptação interessante e curiosa mas pouco mais do que isso.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

[leituras] Death Note (#7 - #12)

Título: Death Note (#7 - #12)
Argumento: Tsugumi Ohba
Desenho: Takeshi Obata
Página: 200 (média)
Ano: 2006

E lá acabei isto.

Já sabia a história e isso acaba por condicionar um bocadinho a leitura, mas como isto já foi há uns tempinhos até já me tinha esquecido de uma boa parte, o que acabou por ser positivo.

Mais ou menos a meio da saga trocam-nos as voltas e portanto esta segunda parte (primeira), para mim é mais fraca. O ponto forte da luta constante de raciocínios entre L e Kira perde-se um pouco e mesmo com Near e Mello a serem personagens bem interessantes, a meu ver, ou deviam ser apresentadas mais cedo para não caírem de chapa ou terem uma manobra diferente que não fizesse perder tanto o fio à meada.

Não é que os livros, ou a história, tenha passado a ser má, antes pelo contrário. Acho que é uma história cheia de twists engraçados. É duvidoso que as coisas corram sempre exactamente como alguém esperou, soa meio incredível, mas pronto, isto é uma coisa com shinigamis amantes de maçãs.

Portanto, aquela pujança inicial perde-se um pouco porque parece mais do mesmo, na segunda parte, mesmo com estas novas personalidades a tentar dar vida à coisa.

Ainda assim são livros engraçados, bem pensados e com uma história capaz de cativar. Ao menos soube bem, leve e distrai. O que precisava nesta altura de tempo especialmente reduzido.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

[escritos] 2016

Olhando para o calendário já pouco falta para 2016. Há semelhança do que fiz para este ano acho que vou adotar uma lista de leituras a fazer, ainda que a queira com o mesmo regime deste ano: aberta e pouco rígida.

Isto porque há muito para ler, há alturas em que li coisas que depois me fizeram não querer ler outras. 

Acho que também fiquei mais picuinhas, lá isso também é verdade. Porque se ao fazer a lista pus o que me fui lembrando, quando peguei nalguns fiquei naquela sensação de "Podia estar a ler tão melhor..." e não é isso que quero.

Não cumpri a lista de 2015, mas não faz mal!

Li alguns livros que andavam na minha cabeça a saltitar há anos e finalmente saíram, finalmente sei se são bons ou maus, segui imensos conselhos de várias pessoas - mostly one, but still - e foi uma experiência que gostei.

Porque sejamos sinceros: eu ainda leio um bocado, quero ler muito mais, e de cada vez que falo com alguém de livro ou vou a uma livraria eu digo umas poucas de vezes "Tenho de experimentar o autor X", "Ainda não li o livro Y". Pondo isso no papel facilita que me lembre. E isso aconteceu e não podia ter ficado mais contente com a experiência. 

Já há lista começada para 2016, embora ainda esteja pequenina. Mas ainda há uns poucos de 2015 em stand by. Uns por outros e a coisa faz-se! E ainda bem!

domingo, 13 de dezembro de 2015

[leituras] A Contadora de Filmes

Título: A Contadora de Filmes
Autor: Hernán Rivera Letelier
Páginas: 88
Ano: 2009

Eu lembro-me que tive dedo na compra deste livro - que é do meu namorado. Tinha ficado com boa impressão dele e agora que o dono o decidiu ler também acabei por pegar nela, é pequeno, é levezinho, vamos lá.

E é daqueles livros que eu gosto de encontrar, simples mas com uma beleza intrínseca muito interessante.

A história em si tem reviravoltas interessantes, umas que me agradaram mais do que outras, mas de uma forma geral o resultado é um óptimo livro para ler num instante - eu li-o num dia, só nas viagens de comboio.

Uma terra com não muita gente, um contexto pré-televisão onde o cinema deslumbra mas os preços nem sempre dão para todos. E então numa família escolhe-se uma pessoa para ir ao cinema e contar a história em casa. Calha o jeito à moça da família, que cresce, em tamanho e em fama, com esta coisa de contar filmes. Mas a televisão eventualmente chega, e aquilo que é um cenário em que as coisas pareciam sossegadas e estabilizadas rapidamente pode mudar.

É um livro que embora tenho uma componente emocional muito presente o consegue aguentar de forma não lamechas ou aborrecida. Faz parte da história, dá sentido às coisas e não chateia.

A própria escrita, nem sei bem dizer porquê, mas teve a capacidade de me pegar, talvez pela simplicidade como põe as coisas. É tudo muito fluido e sem quebras, sem grandes embrulhos, vem tudo directo. Numa história, e num livro, como este não fazia sentido ser de outra forma.

Resumindo e concluindo: gosto imenso da capa, é bem gira; é um óptimo livro para quem se quer entreter num bocadinho pequenino de tempo; não é um livro que dê trabalho a ler e é um livro bem escrito e interessante. Este vale a pena!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

[leituras] Elephants on Acid

Título: Elephants on Acid and Other Bizarre Experiments
Autor: Alex Boese
Páginas: 283
Ano: 2007

A Fnac tinha lá isto em destaque. Não era caro, tinha uma capa gira, uma premissa engraçada e falava em coisas estranhas em Ciência = Livro bom para mim!

O mal de livros como este é que como são na íntegra só uma coisa têm logo potencial para ser aborrecido. Ao início fiquei com algum medo que isso acontecesse e depois o livro arrastava-se eternamente a chatear-me até o acabar.

Felizmente, neste caso, não houve nada disso! O livro é sobre experiências loucas, caramba, não podia aborrecer muito!

E passa por tudo: tentar perceber se há diferenças entre cócegas feitas por pessoas ou cócegas feitas por máquinas, substituições de cabeças, intensidade de cheiro de cocó de bebé, ou mesmo sabes se as pessoas preferem comer de um penico ou se um prato. Coisas banais do dia a dia.

O livro torna-se muito interessante, louco às vezes, mas acima de tudo nota-se que há muita gente a tentar pensar para além daquilo que já se fez ou se faz, vamos tentar algo novo. Às vezes não são as melhores ideias de sempre, mas enfim.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

[leituras] Wolverine: Origem

Título: Wolverine: Origem
Autores: Paul Jenkins, Andy Kubert, Richard Isanove
Páginas: 168
Ano: 2001

Se há coisa que não estava a contar era ler este livro e lembrar-me do Monte dos Vendavais...

Isto assim de chapa parece estranho, pelo menos a mim pareceria mas é que foi exactamente o que aconteceu. Aquelas reviravoltas todas dos donos de casa ricos, e os empregados porcos e sujos e maus. Depois no fim andam todos enrolados uns nos outros e separam-se e voltam-se a encontrar e sei lá. Que paciência para dramatismos amorosos... 

Mas bem, a história é engraçada, a termos a "maldição" de um pai a passar para os filhos que crescem primeiro juntos e depois separados como inimigos, depois de uma situação super mega trágica e dramática. 

E pronto, claro que é um livro com o Wolverine - ou vários, dependendo da perspectiva - tem de haver porrada e pessoal burro que se mete com ele só para apanhar a carga de pancada da sua vida, mas pronto, nada que não estejamos habituados no bom humor típico deste senhor.

Mas é mal que vem de família, não posso deixar de notar. Com as garras vem um feitiozinho daqueles especiais.

Enfim, é um livro interessante, com um bocado de drama a mais para o meu gosto, lê-se bem e é um livro porreiro mas não é nada que me faça ter muita vontade de o reler por ser tão maravilhoso. É engraçado, sim, mas não se torna fascinante.



segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

[leituras] O Espectacular Homem-Aranha - Regresso às Origens

Título: O Espectacular Homem-Aranha - Regresso às Origens
Argumento: J. Michael Straczynski
Desenho: John Romita Jr.
Páginas: 160
Ano: 2001

Esta colecção decidi-me a lê-la pela ordem de saída. Não vou saltitar entre números para pescar aqueles que tenho mesmo uma curiosidade ridícula. Vou ler por ordem, até porque assim nunca me perco e sem sempre onde vou e o que já li ou não.

E começar com o Spider Man não é a coisa que mais me entusiasme no mundo. Eu até gosto do Aranhinha mas não é que seja um daqueles tipos com quem tenho uma ligação especial. Eu sou fã de tipos com um bocadinho mais de força do que este.

De uma maneira geral as histórias não me chamam assim com muita força, não são histórias que me peguem com muita força. Enfim, há vários super heróis que apareceriam à frente do Aranha na lista.

E não é que com este livro me consegui surpreender. Isto é bom! Aliás, este livro conseguiu fazer-me sentir mais totó que o Aranha, e isso é dizer muito. Eu confesso, aqui e agora, que nunca tinha reparado que praticamente todos os inimigos do Spider Man eram derivados de bicheza.

Tem o Spider Man a ser confrontado com alguém que não conhece mas que parece saber mais do que ele próprio sabe. E depois, claro, um super vilão, mais forte do que todos os outros, que vem esborrachar o pernilongo.

Mas isto acaba por ter contornos tão estranhos e surpreendentes dentro do mundo que se conhece sempre à volta deste tipo que torna-se uma história super fluída e interessante. Não estava nada a contar. E no fim deve ter sido dos livros de Spider Man que mais gostei.

A arte não é nada de especial, não me chama muito, é banal e sem grande interesse, mas a história em si torna o livro um bom achado.

Se pensava que a colecção a começar por Spider Man não era a coisa mais fascinante de sempre ela conseguiu-me mostrar que estava a ser injusta. Começou bem e aprendi a minha lição. Até o do Capitão América vou ler com menos relutância.


domingo, 6 de dezembro de 2015

[leituras] O Diabo e Eu

Título O Diabo e Eu
Autor: Alcimar Frazão
Páginas: 48
Ano: 2013

Bem, mais uma BD pequenita, que se lê, calmamente e a apreciar as vistas, em 20 minutos. Não tem diálogos, é composto só pelas imagens e esse esquema, neste contexto até que funciona muito bem.

Mas bem, o livro começa com um Prefácio de Sandro Saraiva que nos contextualiza naquilo que vai ser o livro. Sem esta introdução as coisas fariam muito menos sentido e o livro não teria grande coisa a contar. 

Antes de mais, começar pelo ponto alto nisto que são as ilustrações. As ilustrações são realmente muito bonitas e ganham o prémio de ponto forte do livro. 

Segundo: a edição, honra seja feita à Polvo, também está um miminho. A capa e contracapa são interessantes, as cores só pelo preto e azul que morre no meio do preto cria uma capa que transmite bem a postura do livro, transmite bem o tom melancólico que se apanha ao longo de toda a história. Depois as páginas pretas, no interior, e os próprios arranjos brancos, contrastantes, dão uma beleza muito interessante - ainda que dark - ao livro nos seus pordentros.

A história em si não é das que cativa especialmente. A representação de vidas complicadas, a maneira de lidar com adversidades em conjunto com a maneira de fugir daquilo que é o dia a dia.

É um livro que para mim ganha muito pela arte mas que em história não traz muito de novo.

Gostei do livro mas não é um dos que marca lugar cativo.



sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

[cinema] Ricky and The Flash

IMDB

Trailer

Eu gosto da Meryl Streep. Com muita, muita probabilidade eu não veria este filme se não a tivesse a ela. Prometiam Rock, tinha a Meryl, vamos dar uma abébia.

O filme não é nada de especial. É um filme que tem momentos engraçados, que teve a decência de não cair em todos os clichés - caiu nalguns mas pronto... - e pronto, fizeram um filme, engraçado e diferente mas que não acrescenta grande coisa a nada. É mais uma linha no IMDB, no meio das milhentas da Meryl Streep, por exemplo.

De qualquer das formas, aproveitar o que têm para brincar um bocadinho: pegarem na filha da Meryl para.... fazer e filha da Meryl. Realmente faz sentido, não é inédito nesta família mas enfim, é bem apanhado. 

De resto é um filme típico para puxar uma lagrimita de vez em quando - se nos esquecermos do todo -, que nos dá uns risos de vez em quando, enfim, é um filme que entretém, que é giro de ver mas não é nada que nos fique muito na memória. 


quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

[leituras] Death Note (#1 - #6)

Título: Death Note (#1 - #6)
Argumento: Tsugumi Ohba
Desenho: Takeshi Obata
Página: 200 (média)
Ano: 2003

Agora que estou a pensar no que escrever quanto a isto estou a lembrar-me que Death Note foi a primeira Anime que vi. Curioso, comecei em grande.

Na altura gostei bastante de ver a série (shinigamis que libertam no mundo humano cadernos que escrevendo lá o nome de alguém os mata.... pois que isto tinha potencial para ser uma coisa que eu ia apreciar...) e desde aí que pensei em ler os livros, embora ainda tenha havido uns dois anos de intermédio. O que acaba por ser bom. Porquê? Porque os livros são muito do mesmo em relação à série.

Sim, eu sei, os livros e a série estão a contar a mesma história mas aqui não há grandes adaptações: o que está numa é o que está na outra. E, para mim, ler isto logo a seguir a ver a série não teria funcionado assim tão bem!

Faço um ponto de situação a meio da saga, já estão seis lidos, outros seis seguirão o mesmo caminho, e o engraçado é que mesmo conhecendo a história e lembrando-me das coisas quase todas esta história consegue cativar-me o suficiente para não ser aborrecida, para ter momentos surpreendentes e interessantes. 

Eu gosto imenso do conceito mas essencialmente gosto das personagens. Seja porque o Light é um tipo inteligente com uma capacidade ridícula de pensar no desenvolvimento de eventos quando acontece uma coisa qualquer - nem imagino o que não seria jogar xadrez com ele - ou porque o L é igual a ele mas com aquele toque estranho que lhe dá uma piada reforçada.

E depois há a Misa Misa que não consigo não gostar dela. Ela tinha todo o potencial para ser estupidamente irritante mas eu gosto tanto dela, toda fofa e inocente, que até nos surpreende por ter mais do que dois neurónios a funcionar dentro daquela cabeça.

Enfim, eu sei que estes livros agora degeneram um bocado nos próximos mas quem não sabe não aprendo agora uma maneira diferente de ver os ler e gostar do que vem a seguir. Tenho esperança. Vamos ver se dá nalguma coisa.